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Estética musical na sala de aula

De forma lúdica, o consultor Uirá Kuhlmann divertiu educadores com sua Música e Movimento

Transformar a sala de aula em um ambiente criativo e divertido. Essa é a sensação ao presenciar uma palestra de Uirá Kuhlmann, consultor em educação musical ativa, Endorsee da Boomwhackers (tubos sonoros) no Brasil e diretor da empresa Música e Movimento – Núcleo de Pesquisa e Formação em Educação Musical Ativa. Na sexta-feira (08/11), os educadores do CFC puderam participar de uma aula de consultor com direito a fazer jogos musicais, que podem ser ensinados par a crianças a partir dos três anos de idade, em um clima bastante descontraído.

Viajando por todo o Brasil e pelo exterior, como Espanha, Itália e China, Uirá já realizou cursos em mais de 50 cidades diferentes. O consultor traz em sua didática o poder dos movimentos corporais como um dos pilares para a educação musical. A ideia é utilizar jogos e brincadeiras para prender a atenção dos alunos e, consequentemente, facilitar na aprendizagem. Para isso, ele trabalha no que chama de as três “profissões das crianças”, que são o mover, o jogar e o criar. “Toda criança trabalha essas três profissões 16 horas por dia. Ela sempre está movendo-se, jogando ou criando durante a maior parte do seu tempo. Precisamos fazê-la com que escute e a música lida muito bem com isso”, analisa. Para Uirá, o bom professor é aquele que tem sensibilidade em parar e ouvir o aluno, defendendo a importância das ideias que as crianças expressam. “Na maioria das vezes é uma boa ideia. Escutar o aluno o faz sentir-se valorizado e amado”, diz.

Durante a palestra, os professores puderam participar de ações de canto, jogos e brincadeiras, aprendendo de maneira mais lúdica uma educação musical mais ativa. As atividades podem ser usadas em qualquer música, principalmente aquelas que têm elementos ou frases repetitivas, utilizando gestos coordenados com palavras. Com a audiação, uma forma de leitura musical, Uirá mostrou como se pode construir uma brincadeira com a música omitindo algumas palavras e demonstrando-as com apenas gestos, podendo fazer inúmeras variações e criando-se uma percussão corporal. Os educadores também realizaram uma dinâmica de grupos onde cada grupo cantava em tempos musicais diferentes, trazendo um efeito sonoro bonito e singular.

Em seus cursos, Uirá não tem limites para a sua criatividade. Nas suas brincadeiras, ele utiliza desde guarda-chuvas coloridos até brinquedos de borracha em forma de bichinhos, como porquinhos e patos. Esses brinquedos, por exemplo, propagam tanto sons graves, como médios e agudos, permitindo diversas notas musicais. Com leques, ele também exemplificou os diversos sons que podem ser retirados ao abri-los e fechá-los. E as ideias para captar a concentração das crianças não param: com canetas, tintas e massas de modelar os professores podem criar uma brincadeira desenhando e pintando mãos e pés dos alunos em papéis e fazer a turma dançar e cantar da maneira que a imaginação mandar, associando as sequências musicais e pausas aos desenhos da criançada. Para a professora de música da educação integral, Geyza Oliveira, o método do consultor ajuda na formação musical das crianças. “Essa dinâmica trabalha os aspectos motores e linguísticos do aluno e ainda ajuda na socialização entre eles, diz. Para Dani Sena e Rebeca Almeida, da educação infantil, a brincadeira amplia o aprendizado. “A prática com o lúdico faz a criança aprender a construção silábica brincando”, diz Rebeca. “A música tem esse suporte para o aprendizado da fala e auxilia na leitura”, conclui Dani.

Independente do método que ensina mundo afora, o maior ensinamento que Uirá ensinou é o cuidado do professor com o aluno. Escutar é imprescindível. Um pequeno instante em que a criança se abre para comunicar uma ideia pode ser precioso. Em uma de suas experiências, ele lembrou de um menino de cinco anos que lhe mostrou uma ideia de brincadeira maravilhosa. “Trabalhar com educação musical de maneira mais lúdica traz qualidade de vida e senso estético musical para as crianças. Música é experiência, o repertório é consequência. Sentir a música é prioridade”, conta Uirá, concluindo que sensibilidade, amor e educação são ferramentas universais de ensinamento e aprendizagem.


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