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Ecoprédio é tema de mestrado premiado em construção civil

Professora da UPE, Amanda Peixoto, apresentou os resultados de sua dissertação para diretoria do CFC e equipe de engenharia e arquitetura responsáveis pela obra


O modelo de escolas sustentáveis é de fundamental importância para que gerações futuras tenham o direito de usufruir dos recursos naturais do meio ambiente e, também, disseminar o conhecimento sobre sustentabilidade. Com essa determinação em cuidar do planeta, o CFC idealizou o Ecoprédio. A construção da primeira escola sustentável de Recife estimulou a então aluna de engenharia civil da Universidade de Pernambuco (UPE), Amanda Peixoto, a acompanhar todas as etapas de construção da obra para produzir sua dissertação de mestrado, sob a orientação da Professora Dra. Stela Fucale, professora associada do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil (PEC) da UPE. Na tarde dessa terça-feira (08), ela apresentou os resultados de sua pesquisa no auditório do prédio que foi seu objeto de estudo.


Acompanhar o processo de uma construção verde foi uma oportunidade única para o desenvolvimento profissional de Amanda, que hoje é professora e leciona uma cadeira sobre desempenho das edificações (tema de sua dissertação). “Antes da construção do Ecoprédio, eu iria morar na Irlanda através do programa Ciências Sem Fronteiras. Quando soube da probabilidade de estudar a obra não tive dúvidas, desisti da viagem”, conta ela sobre a importância do empreendimento. Sua pesquisa teve como objetivo avaliar o conforto acústico (Isolamento com OSB) e térmico (Isoeste) dos ambientes, o racionamento de água pelo reaproveitamento de águas pluviais e cinzas, a redução do consumo de energia através de sistema de energia solar e a diminuição do consumo de materiais de fontes não renováveis.


Segundo o engenheiro Rogério Castro, da construtora Tecla, empresa responsável pelo empreendimento e que possui 10 anos de experiência em obras sustentáveis, foi utilizado um sistema de construção industrializada, formada por uma estrutura pré-moldada que facilita a sua montagem. “A construção convencional gera muito desperdício. A industrializada é uma construção a seco, o que diminui o uso de recursos naturais e, consequentemente, produz menos resíduo”, afirma o engenheiro.


A arquitetura do prédio também foi idealizada como modelo sustentável. Os arquitetos Suzana Gueiros e Pedro Selva projetaram a obra de forma que transmitisse a mensagem. “Sentimos que o edifício deveria ter uma leitura de laboratório e de sustentabilidade, um lugar educativo”, diz Suzana. Para a diretora do CFC, Gláucia Lira, a ampliação do colégio tinha que ser uma construção sustentável. “Crescemos com essa determinação de cuidar do planeta e queríamos levar a educação adiante com essa perspectiva. Estudamos bastante o modelo de escola sustentável, cada detalhe da obra e os materiais utilizados. A ideia era tornar o prédio um centro de pesquisa”, conta.


Participar de cada etapa da construção do Ecoprédio até a sua finalização e depois avaliando os resultados com os próprios alunos do CFC, rendeu para Amanda um material tão completo que ela ganhou o prêmio de melhor mestrado em engenharia civil de 2018, na semana universitária da Universidade de Pernambuco. No final deste ano, a professora apresentará sua dissertação na Conferência Brasileira de Mudança do Clima, um encontro anual que reunirá movimentos sociais, governos e comunidade científica no intuito de discutir sobre responsabilidade climática e desenvolvimento sustentável.


Para Amanda, a importância do Ecoprédio é indiscutível. “Precisamos mudar a forma de construir, pensar em construções resilientes para a sociedade. A saúde do usuário também importa, o desempenho do aluno melhora, não é só o impacto ambiental gerado em si.”




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