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O doce som que vem do barro

Na Semana de Cultura Popular, alunos do CFC se encantam com as flautas do Mestre Nado


Agnaldo da Silva tem 75 anos, nasceu nos Bultrins, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, e acabou de receber o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, concedido pelo governo de estado para os artistas populares com notório saber que repassam seu ofício para as gerações aprendizes. Mestre Nado, como é conhecido, além de ter um carisma singular, é um artista de múltiplos talentos. Ele toca, canta, compõe e é artesão, mas prefere ser chamado de oleiro porque diz que vive do barro. “Desde criança eu vivo na olaria trabalhando com o barro”.

Mestre Nado é um dos convidados do Colégio Fazer Crescer para participar da Semana de Cultura Popular realizada na Educação Infantil e no Ensino Fundamental 1. “Quando traz o artista para conversar diretamente com a criança, o CFC demonstra zelar pela preservação da cultura popular, sobretudo quando faz o aluno participar do trabalho do artesão”, observa ele. Calebe Lins, 8, aluno do 2º ano do Fundamental, justifica a tese do oleiro. “Achei a ocarina muito interessante porque ela é oca, mas mesmo assim sai um som de dentro dela”, diz curioso. “E o som é igual ao de um pássaro”, acrescenta Gabriel Soares, 8, também do 2º ano do Fundamental.

A principal atividade do Mestre Nado é a confecção de ocarinas, um tipo de flauta geralmente feita com porcelana ou barro. A menina dos olhos dele foi confeccionada há apenas três anos. “Esse instrumento vem de uma pesquisa de mais de 30 anos”, informa dizendo que a flauta recebeu o nome de “ocarinado”, uma junção dos nomes ocarina e Nado. Pai de cinco filhos, apenas um não seguiu seus passos. Os outros quatro trabalham junto com ele desde pequenos.

Recebido pelos alunos com euforia e satisfação na sala de artes do ecoprédio, Mestre Nado tocou, cantou e trabalhou com o barro para todos vivenciarem a confecção das peças que são a razão da sua existência. No meio da meninada, ele abre sorrisos intermináveis que revelam a alegria por ter o seu trabalho valorizado e por encontrar naquele ambiente uma fonte viva de preservação da cultura popular.


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