Professor e consultor teológico-filosófico, Filipe Fontes falou para a equipe do CFC
Às vésperas do início do segundo semestre letivo de 2019, a diretoria do CFC, junto com a equipe de professores, coordenadores e funcionários do colégio, teve o privilégio de receber o professor Filipe Fontes para uma importante palestra sobre o fundamento da educação escolar cristã. Filho de pastor, ele cresceu ouvindo a palavra de Deus. Tornou-se professor e, em 2017, as críticas e os questionamentos sobre a tese de que educação e religião não podem estar associadas o levaram a escrever um livro para refutar os críticos, em relação ao que ele defende com convicção. “A defesa de que a educação pode ser neutra é anacrônica. A neutralidade era um ideal da modernidade e quem a defende está ao menos 300 anos atrasado”. Fontes explica que, na pós-modernidade, ou seja, está claro que a educação sofre influência das várias dimensões existenciais. “A educação sofre influência da economia, da política, da cultura e, principalmente da religião”, afirma. Segundo ele, não existe abordagem de educação que não seja religiosa, já que a religião é uma função humana estrutural. Para explicar isso, Fontes introduziu o conceito de cosmovisão, através de uma analogia simples, de fácil entendimento. “Todo indivíduo tem uma lente para interpretar os fatos do mundo”. De acordo com ele, o desafio da escola cristã é interpretar os fatos à luz da hermenêutica bíblica. Ele explica que o processo educacional numa escola cristã não pode ser materialista. “Em todas as disciplinas do currículo escolar precisamos integrar os princípios bíblicos”, alerta. Filipe Fontes chamou a atenção dos professores para o processo educacional cristão e lembrou que devemos amar a Deus não somente com o nosso coração, mas sobretudo com o nosso intelecto. “É o intelecto que vai nos possibilitar uma interpretação adequada da complexidade do ambiente escolar”.