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Cultura da nossa gente

Um mês inteiro de atividades voltadas para o folclore

Desde 1956 que o 22 de agosto é oficialmente o Dia do Folclore Brasileiro, mas no CFC as crianças da Educação Infantil entram em contato com as diversas versões que compõem as tradições e as crenças de um povo, por meio do projeto Cultura da Nossa Gente, implantado há mais de dez anos nas turmas que vão do Ninho ao Grupo 3. “Temos oficinas de frevo, teatro de mamulengo, cantigas de roda entre outras tantas modalidades da cultura popular”, explica a professora Kelly Vidal, uma das coordenadoras da Educação Infantil, responsáveis pelo projeto.

Referência das tradições folclóricas em Pernambuco, o artesão de brinquedos populares Antônio José da Silva, 65 anos, conhecido como Mestre Saúba, esteve no colégio nesta quinta-feira 23. Nascido em Pombos, na Zona da Mata do estado, ele mudou-se para Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, aos 20 anos. “Casei com uma cigana e com ela aprendi a arte de fazer bonecos para as crianças brincarem”, relembra. Viúvo e pai de quatro filhos, hoje Mestre Saúba continua morando em Jaboatão e tem uma das filhas como seguidora, a artesã Elisalva da Silva, 35 anos. Juntos, eles trabalham para manter vivo um passado de tradições lúdicas. “Tenho orgulho de me levantar todos os dias, há 25 anos, para fazer as crianças felizes. Sobrevivo do brinquedo popular e do sorriso dessas crianças”, destaca Saúba.

Recentemente, ele recebeu o Prêmio Nacional de Culturas Populares Leandro Gomes de Barros, concedido pelo ministério da Cultura. “A importância do trabalho do Mestre Saúba no cenário cultural está justamente na resistência em manter viva a cultura popular, especialmente no que se refere aos brinquedos folclóricos que já fizeram parte da infância dos nossos pais e avós”, observa a professora de literatura do CFC, Cláudia Gomes.

O objetivo do projeto Cultura da Nossa Gente é possibilitar às novas gerações o entendimento de que o popular não é menos importante, nem descartável ou ultrapassado. “O popular fala sobre história, sobre uma cultura que dá sustento a inúmeras famílias; é um trabalho desafiador, singelo, que lida com a doçura da memória afetiva e mostra a força de uma cultura rica como a nossa”, finaliza Cláudia.

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